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não sei se ainda sei soletrar o teu nome, não sei se o vou fazer, não sei se o estou a fazer.
à imagem de um take de um filme...
não sei se te interessa o meu nome, não sei se o vais acampar perto do teu coração ( se nele todo, ou apenas naquela parte especial e nada mais), não sei se o meu nome vai fazer companhia a outro nome.
sim, à imagem de um take de um filme...ou um filme completo, sem legendas.
não sei se me interessa conjugar um verbo imortal e universal, não sei se quero alguma vez ser uma escultura das tuas mãos.
como em muitos outros filmes, não quero saber da história antes de o ver.
interrompemos a normal continuidade deste blog para informar que José Mourinho já se encontra em Portugal, solo luso.
há alguma coisa mais importante a dizer? nada disso...
José Mourinho está de volta e vai descansar e vai gozar o dinheiro e vai passar os fins-de-semana com a família.
nada mais. apenas isto. muito isto. esta coisa qualquer chamada...prioridade. eu tenho a minha.
saudades de um tempo em que a ingenuidade existia...em que as competições não era o pão nosso de cada dia...em que ficava corado...em que nos riamos à vontade...em que não tinhámos que levar encontrões de raiva para nos deixarem KO...saudades de uma simplicidade ou apenas de uma respiração leve e limpa...
saudades dos tais desenhos animados, com poucas lutas.
Onde andas tu Dartacão?
Onde andas tu Tom Sawyer?
Onde te encontras, Bocas?
se souberem deles e dos seus amigos, se souberem da ingenuidade, da humildade, da bondade digam-lhes para insistirem connosco e virarem uma praga, uma moda ou um vírus incurável!
como diria o sérgio godinho, "espalhem a notícia".
la,la,la...
vai, comigo...la, la, la
la, la, la
agora é só imaginar a música e os seus ritmos...
as pessoas ou apenas nós...
o ambiente, com ou sem altas temperaturas...
as luzes, ora baixas ora sem podermos olhar para elas...
o fumo ou a ausência dele...
o espaço...
os olhares trocados ou não, fugidos ou não...
as danças...
as cores que temos nas roupas...
os cheiros de quem tocamos...
nas brumas da manhã ouvi o acordeão, que como em todos os outros dias, fazem do alcatrão da minha rua uma avenida francesa de grandes pintores. os cabelos, ainda por secar, traziam o aroma a morangos que ainda agora o sinto...mesmo que sejam cabelos comprometidos ou apenas encaracolados de ideias sonhadoras.
vejo uma manhã que acorda ao som deste acordeão de palavras que ora aumentam, ora diminuem...ao sabor de um leve vente frio que nasce a ocidente de uma qualquer praia lusitana.
trago comigo, neste barco quase à deriva, uma história de um namoro à beira cais.
olá novo mundo. olá espectáculo que arrebenta as bilheteiras do coração e espelha o sucesso de uma vida suavemente pobre.
olá. sim. olá muitas vezes, a esse momento que entra por essa porta e tem direito efémero a uma fotografia que acabará toda a gente por a esquecer menos tu...tu, menino pequeno cheio de sonhos grandes, enormes, maiores.
adeus. não, agora não. talvez um outro aceno...mas sim, hoje foi um olá que diz que te quero ver novamente por aqui. perto de ti ou se tu quiseres...hors de la vue.
nestes dias crescemos juntos, novamente, como em outros inícios e em outros locais. partilhamos em conjunto as histórias mais bonitas, os desabafos mais tristes, as fugas mais urgentes...e gostamos assim de ser dois: um deste lado e outro desse. em troca directa de olhares apenas fisicamente distantes, caminhamos par a par, por um tempo indeterminado e longe de um qualquer compromisso escrito, para não levar a sério.
temos nomes diferentes. dedos que marcam no teclado as letras que nos distinguem na vida. uma vezes escolhidos, outras vezes escondidos, por momentos podemos ser nós a imagem dos outros que tantas vezes visitamos, passamos e por eles nos perdemos...e aí, nesses encontros raramente marcados, nascemos amigos, sabemos ser um novo amigo.
continuamos.
porque amanhã é domingo neste norte, de conversas que o vento traz, quase perfeito...sem lugar para nenhuma imitação. porque amanhã as músicas se vão repetir, como uma jura para a vida e que como todas as juras, algo se quebra, se esquece...amanhã a banda sonora já não será a mesma.
o amor, a saudade não ajuda. o amor, a jura que amanhã é domingo em qualquer lugar do coração.